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Macy’s descobre irregularidade de US$ 154 milhões.

O mercado financeiro foi surpreendido nesta semana com a revelação de que um único funcionário da Macy’s ocultou entre US$ 132 milhões e US$ 154 milhões em despesas de entrega ao longo dos últimos três anos. A descoberta foi feita enquanto a empresa preparava seu relatório financeiro do terceiro trimestre, originalmente programado para ser divulgado esta semana, mas agora adiado para 11 de dezembro. Segundo a Macy’s, o funcionário em questão já não faz mais parte da equipe.

Uma das hipóteses mais debatidas aponta para a pressão crescente enfrentada pelo setor de varejo. Desde fevereiro, a Macy’s está executando um plano de recuperação que prevê o fechamento de 150 lojas em um período de três anos. Apesar disso, as vendas nas lojas remanescentes e no e-commerce caíram 2,4% no último trimestre, atingindo US$ 4,7 bilhões e ficando abaixo das expectativas de mercado. Ao mesmo tempo, a empresa conseguiu gerar US$ 66 milhões com a venda de ativos, mas isso não foi suficiente para aliviar o impacto das margens reduzidas.

Especialistas sugerem que o funcionário pode ter manipulado as contas para mascarar a situação financeira de seu departamento, talvez com a intenção de melhorar sua posição na empresa ou assegurar bônus maiores. No entanto, essa tentativa acabou prejudicando ainda mais a companhia. Na segunda-feira, as ações da Macy’s encerraram o dia com queda de 2,2%, reduzindo em US$ 99 milhões o valor de mercado da empresa, que agora está avaliada em US$ 4,42 bilhões. A perda, curiosamente, não supera o valor das despesas ocultas.

Uma auditoria independente revelou que as irregularidades começaram no quarto trimestre de 2021 e se estenderam até o trimestre encerrado em 2 de novembro deste ano. Durante esse período, aproximadamente 3% dos US$ 4,36 bilhões em despesas de entrega da Macy’s foram camuflados. A prática de esconder despesas, embora incomum, não é inédita em momentos de crise, especialmente em setores pressionados por concorrentes on-line e pela necessidade de cortes de custos.

Embora a Macy’s seja conhecida por seu desfile de Dia de Ação de Graças, o custo desse evento permanece envolto em sigilo. Analistas estimam que a produção pode ultrapassar US$ 13 milhões, com personagens infláveis como Homem-Aranha e Minnie Mouse custando cerca de US$ 510 mil cada. Esses números destacam o quanto os orçamentos de marketing podem ser robustos, mesmo em meio a dificuldades financeiras.

O episódio envolvendo a ocultação de despesas expõe as fragilidades não apenas da governança corporativa da Macy’s, mas também dos modelos tradicionais de varejo em um mercado em constante transformação. A pressão por resultados em um ambiente competitivo pode levar a práticas equivocadas que, embora pareçam soluções de curto prazo, acabam prejudicando a empresa e seus acionistas. Para a Macy’s, este momento deve servir como um divisor de águas, incentivando uma revisão profunda de suas práticas internas e um olhar mais atento para a inovação e a transparência.

O setor de varejo, como um todo, precisa aprender com essa situação. Em tempos de mudanças aceleradas, manter uma gestão sólida, adotar tecnologias que melhorem a eficiência operacional e reforçar a confiança dos consumidores e investidores são passos essenciais para garantir a sobrevivência e o crescimento. Este caso deve lembrar as empresas de que estratégias de longo prazo, pautadas na ética e na resiliência, são as únicas capazes de sustentar o sucesso em um mercado cada vez mais desafiador.
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Analista Pedro Moraes – CNPI-T: 9322

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