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Itaú acusa ex-diretor financeiro de irregularidades em contratos.

O Itaú Unibanco iniciou uma ação judicial contra seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel, alegando desvio de conduta e conflito de interesses na contratação de pareceres técnicos. Segundo o banco, os contratos teriam resultado em prejuízos financeiros e éticos à instituição. O caso, revelado recentemente, trouxe à tona questões de governança e integridade em um dos maiores bancos da América Latina.

De acordo com o Itaú, uma investigação interna identificou que Broedel teria aprovado pagamentos de R$ 13,255 milhões a uma empresa fornecedora vinculada a ele, entre 2019 e 2024.

O banco afirma que R$ 4,86 milhões desse montante teriam sido transferidos para o ex-diretor por meio de 23 transações financeiras intermediadas por uma empresa de fachada. A maior parte dos pagamentos ocorreu entre 2022 e 2024, totalizando R$ 10,455 milhões, período ainda dentro do prazo legal para contestação judicial. Para os valores anteriores a 2022, o Itaú tomou medidas para interromper a prescrição e buscar a recuperação integral.

Os detalhes da investigação foram apresentados aos acionistas em uma Assembleia Geral Extraordinária no último dia 5 de dezembro, cuja ata foi publicada dias depois em veículos de imprensa. O Comitê de Auditoria do Itaú concluiu que o ex-CFO teria violado o Código de Ética ao exercer atividades externas incompatíveis com o cargo e ao manter sociedade não declarada com um fornecedor do banco.

A defesa de Broedel.

Por outro lado, Alexsandro Broedel nega todas as acusações. Em nota oficial, o ex-diretor financeiro classificou as alegações do Itaú como “infundadas” e questionou o momento em que as acusações surgiram, logo após sua saída para ocupar uma posição global no concorrente Santander, com sede na Espanha.

Broedel, que atuou no Itaú por mais de 12 anos, argumenta que os serviços prestados pelo fornecedor já eram realizados há décadas, antes mesmo de sua entrada no banco, e que todas as contratações eram de pleno conhecimento das áreas responsáveis.

“A motivação do Itaú em questionar minha conduta após a minha saída para um dos maiores concorrentes do banco é algo que precisa ser analisado com cuidado. Sempre atuei de forma ética e transparente ao longo de toda a minha carreira”, afirmou Broedel, que prometeu recorrer judicialmente para proteger sua reputação e refutar as acusações.

Repercussões do caso.

O Itaú, por sua vez, reforçou que as ações tomadas têm como base seu compromisso com a ética e a integridade corporativa. “A ética é um pilar inegociável do Itaú Unibanco. Qualquer desvio de conduta será investigado e reparado, mesmo que a pessoa envolvida não esteja mais vinculada à instituição”, declarou o banco em comunicado.

Apesar da gravidade das acusações, o Itaú afirmou que os resultados financeiros do banco não sofreram impacto significativo e que os balanços foram auditados por consultorias externas. Além disso, o caso foi devidamente comunicado aos órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que acompanha o desenrolar do processo.

O episódio ocorre em meio a outra demissão de destaque no banco: Eduardo Tracanella, ex-diretor de marketing com 27 anos de casa, foi desligado sob acusação de uso indevido do cartão corporativo. Tracanella, até o momento, não comentou as alegações.

O caso envolvendo Alexsandro Broedel expõe não apenas as questões de governança e compliance dentro do Itaú Unibanco, mas também a complexidade de lidar com transições de executivos em altos cargos. Enquanto o banco adota uma postura firme de combate a irregularidades, as acusações levantam dúvidas sobre o timing e a transparência no tratamento de questões internas.

A disputa jurídica promete ser longa, com implicações para todas as partes envolvidas, reforçando a necessidade de maior vigilância sobre práticas de governança em grandes instituições financeiras. Mais do que nunca, ética e transparência permanecem no centro do debate.
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