Empty space, drag to resize

OPEP+ adia aumento na produção para sustentar preços do petróleo.

O mercado global de petróleo voltou a ser o centro das atenções na última semana após o anúncio do cartel OPEP+ sobre a extensão dos cortes de produção até os primeiros meses de 2025. A decisão, liderada por Arábia Saudita e Rússia, reforça a tentativa do grupo de controlar os preços da commodity em meio a um cenário de incertezas econômicas e geopolíticas.

A estratégia, que já vem sendo aplicada ao longo de 2024, não tem sido suficiente para frear a queda nos preços. Desde julho, os contratos futuros do petróleo Brent acumularam uma desvalorização de cerca de 17%. Esse movimento força a OPEP+ a adotar uma postura ainda mais agressiva, dobrando os esforços para evitar um excesso de oferta no mercado global.

Inicialmente, o grupo havia planejado aumentar a produção em 300.000 barris por dia a partir de janeiro de 2025, mas decidiu postergar essa meta para abril. O retorno gradual desses barris ao mercado só deve ser concluído no final de 2026, marcando um atraso significativo de um ano em relação ao cronograma original. Com isso, até 2025, a produção diária será 800.000 barris menor do que o inicialmente esperado.

Essa decisão reflete a determinação do cartel em manter os preços do petróleo em níveis considerados sustentáveis, mesmo que isso implique em renunciar a participação de mercado para produtores independentes, especialmente nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, o setor petrolífero segue uma direção diferente, marcada por um desacoplamento raro. Enquanto a administração Trump 2.0 adota políticas de desregulamentação para impulsionar a indústria, o foco em manter os preços baixos tem gerado uma dinâmica peculiar: o aumento das ações de empresas de energia contrasta com a queda nos preços do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI).

Esse contexto coloca as empresas norte-americanas em uma posição competitiva interessante, especialmente diante das limitações impostas pela OPEP+ em seus próprios níveis de produção. No entanto, a volatilidade do mercado global pode influenciar diretamente as exportações e os custos internos, adicionando um elemento de incerteza para os próximos meses.

As ações recentes da OPEP+ demonstram como o cartel busca manter sua relevância em um cenário cada vez mais fragmentado. Ao reforçar os cortes de produção e adiar o aumento planejado, o grupo envia um sinal claro de que pretende evitar um colapso de preços, mesmo que isso custe uma fatia de sua influência global.

Por outro lado, a abordagem dos Estados Unidos, com políticas voltadas para desregulamentação e competitividade interna, sugere que o mercado está longe de um consenso sobre os rumos a serem tomados. À medida que os próximos meses se desenrolam, será fundamental observar como esses movimentos influenciarão a oferta global, os preços e o equilíbrio de poder no setor energético. O mercado de petróleo, como sempre, permanece um campo de constantes negociações e surpresas.
Empty space, drag to resize
Empty space, drag to resize
DISCLAIMER INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Analista Pedro Moraes – CNPI-T: 9322

Este relatório de análise foi elaborado por Pedro Moraes, analista autônomo CNPI-T n° 9322 (“Analista”), nos termos do art. 3º, inc. I, da Resolução CVM Nº 20/2021. Ele foi feito com a intenção de oferecer dados úteis para que o investidor faça sua própria escolha de investimento, sem configurar nenhum tipo de proposta ou convite para aquisição e/ou negociação de qualquer produto. As informações neste documento são consideradas corretas na data de sua publicação e foram adquiridas de fontes públicas. O Analista se isenta de qualquer responsabilidade por decisões tomadas pelo cliente com base neste documento.

Este documento foi feito levando em conta a classificação de risco dos produtos, visando produzir resultados de alocação para cada tipo de investidor.

O responsável por este documento afirma que as sugestões expressam apenas as suas análises e opiniões individuais, produzidas de maneira independente, inclusive em relação ao Analista, e que podem ser alteradas sem aviso prévio devido a mudanças nas condições de mercado.

O analista encarregado pelo conteúdo deste documento e pela observância da Instrução CVM nº 20/2021 está indicado acima.

O analista contido neste relatório está comprometido a cumprir todas as regras estabelecidas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários.

Os produtos descritos neste documento podem não ser apropriados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes devem proceder à verificação de adequação (suitability) e confirmar se os produtos descritos são adequados ao seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer mudança de carteira, mas apenas orientação sobre produtos adequados a um determinado perfil de investidor.

A rentabilidade dos produtos financeiros pode variar e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir em um curto espaço de tempo. Rendimentos passados não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações neste material são baseadas em simulações e os resultados efetivos podem ser significativamente diferentes.

O Analista se exime de qualquer responsabilidade por eventuais danos, diretos ou indiretos, decorrentes do uso deste relatório ou seu conteúdo.

A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é realizada com base em conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Dessa forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas.

O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, verifique se seu perfil pessoal de risco condiz com a operação que está querendo realizar. Uma ação é uma parcela do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento cuja rentabilidade não é predeterminada, variando de acordo com as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os rendimentos passados não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, expressa ou implícita, é feita neste material em relação aos desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto.

O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, verifique se seu perfil pessoal de risco condiz com a operação que está querendo realizar. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor, tal como num contrato de seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.

O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, verifique se seu perfil pessoal de risco condiz com a operação que está querendo realizar. São contratos para compra ou venda de uma certa quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, respeitando o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação mais uma parcela correspondente aos juros – que são determinados livremente no mercado, de acordo com o prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas de duas formas: cobertura ou margem.

O investimento em Mercados Futuros envolve riscos de perdas patrimoniais significativas, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, verifique se seu perfil pessoal de risco condiz com a operação que está querendo realizar. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo ser um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.