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Apple firma parceria de IA na China com a Baidu.

A disputa pelo mercado de inteligência artificial (IA) na China está se intensificando, e a Apple não pretende ficar de fora. Na última quinta-feira, o presidente da Alibaba confirmou que a empresa chegou a um acordo com a Apple para integrar sua tecnologia de IA aos iPhones vendidos no país. A iniciativa se tornou essencial para a gigante de Cupertino, já que sua suíte de recursos Apple Intelligence, disponível em mercados ocidentais, exige um parceiro local para operar na China. Enquanto isso, relatos apontam que a Apple segue em negociações com a Baidu, reforçando sua estratégia de diversificação de parcerias.

A posição da Apple na China sempre foi singular. Entre as empresas do Vale do Silício, poucas conseguiram navegar com tanta eficácia pelas restrições do Grande Firewall e consolidar sua presença no país. Mesmo tendo adotado um ritmo mais lento na corrida da inteligência artificial, a Apple ainda esbarra em desafios, recentemente, um erro em seu sistema de resumo automático gerou manchetes fictícias, provocando a insatisfação de editores de notícias. Apesar desses tropeços, sua presença consolidada na China pode ser uma vantagem competitiva em relação a outras gigantes da tecnologia.
A concorrência, no entanto, é cada vez mais acirrada. O domínio que a Apple detinha no mercado chinês de smartphones tem sido desafiado por fabricantes locais, como a Huawei, que já mantém uma parceria sólida com a emergente DeepSeek, considerada uma das grandes promessas do setor de IA no país. Diante desse cenário, a estratégia da Apple de diversificar suas colaborações parece uma tentativa de manter sua relevância e competitividade na região.

No cenário global, a abordagem da Apple para IA também passa por múltiplas frentes. Fora da China, suas ferramentas de inteligência artificial utilizam a tecnologia da OpenAI, conhecida pelo ChatGPT, um serviço bloqueado pelo governo chinês. Além disso, no início do ano passado, surgiram informações de que a empresa estaria negociando com o Google para incorporar o modelo Gemini aos iPhones, o que indica uma estratégia flexível para ampliar suas soluções de IA dependendo do mercado em questão. Já as tratativas com a Baidu giram em torno da implementação de IA em sistemas de busca e no aprimoramento da assistente virtual Siri.

O impacto da inteligência artificial na China tem ido além do setor de tecnologia, atingindo até mesmo o mercado financeiro. O avanço da DeepSeek, por exemplo, tem impulsionado um rali em ações de empresas de IA, refletindo o otimismo do setor. Além disso, há um fenômeno curioso: usuários chineses estão recorrendo ao DeepSeek como uma espécie de terapeuta virtual, destacando que suas respostas são mais criativas e sofisticadas do que as de concorrentes locais. Esse tipo de uso reforça o potencial da IA não apenas como ferramenta de produtividade, mas também como um elemento de impacto social.
Se, por um lado, a Apple comemora uma rara conquista no mercado chinês – refletida na valorização de até 1,8% de suas ações após o anúncio da parceria com a Alibaba, por outro, enfrenta resistência em territórios aliados dos Estados Unidos. Recentemente, veio à tona que o governo britânico busca obrigar a empresa a criar um backdoor técnico que permitiria acessar mensagens criptografadas em seus dispositivos.

O posicionamento da Apple contra essa medida tem sido firme. A empresa argumenta que a implementação de uma brecha na criptografia poderia abrir um precedente perigoso, tornando as comunicações vulneráveis a hackers e governos autoritários. Além disso, a segurança digital dos usuários seria comprometida, um ponto que a Apple tem utilizado como principal argumento para resistir a pressões governamentais.

Nos Estados Unidos, a repercussão do caso também tem gerado preocupações. Alguns legisladores já alertaram que a exigência do Reino Unido poderia representar um risco à privacidade de cidadãos americanos, pedindo que autoridades intervenham para que a proposta seja reconsiderada. Esse episódio adiciona mais um capítulo às tensões entre grandes empresas de tecnologia e governos sobre segurança digital, privacidade e a regulação da inteligência artificial.
A movimentação da Apple na China evidencia uma tendência inevitável: a inteligência artificial se tornou um fator crucial para a competitividade no setor de tecnologia. Enquanto a empresa expande sua presença no mercado chinês por meio de parcerias estratégicas, enfrenta desafios significativos no Ocidente, onde governos pressionam por maior acesso a informações privadas dos usuários.
O futuro da Apple na IA dependerá de sua capacidade de equilibrar essas forças opostas. Por um lado, a necessidade de adaptação às regras do mercado chinês; por outro, a resistência a iniciativas governamentais que possam comprometer sua reputação como defensora da privacidade. Seja na China ou no Ocidente, a inteligência artificial não é apenas uma inovação tecnológica, mas também um campo de batalha geopolítico e regulatório e a Apple está no centro dessa disputa.
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Analista Pedro Moraes – CNPI-T: 9322

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