O mundo acaba de presenciar uma mudança estrutural no cenário de oportunidades, motivado especialmente pela "desalavancagem" dos mercados.
Não é novidade, que neste inicio do mês de agosto tivemos uma grande movimentação dos mercados. Logo após a divulgação de dados do mercado de trabalho americano, tivemos uma reação negativa dos mercados logo no inicio da próxima semana. Mercados asiáticos totalmente pessimistas, refletindo a queda de mais de 12% do índice Nikkei 225. Maior queda desde 1987 no crash da Segunda-feira negra.
Recessão Americana
O inicio de toda a problemática, começa com o receio dos mercados em uma possível recessão econômica nos Estados Unidos. Recessão, essa, que vem se apresentando cada vez mais possível em decorrência aos dados de empregos e atividade econômica. Para que voce entenda brevemente a magnitude, uma recessão nos Estados Unidos causa uma grande queda na demanda de produtos exportados por outros países.
A maior economia do mundo como um dos principais centros de consumo, com projeções de retração em sua atividade econômica, acaba sinalizando um cenário de contração da própria economia global. Nessa situação, países emergentes são um dos exemplos que mais sofrem com a queda na demanda de suas exportações ao gigante econômico que é os Estados Unidos.
Diferencial de Juros
Outro grande catalisador dessa "desalavancagem" dos mercados é uma mudança estrutural no que chamamos de Diferencial de Juros. Por muitos anos, foi extremamente vantajoso assumir empréstimos em Iene no Japão graças as taxas de juros baixíssimas (próximas de zero). Com crédito barato, era unânime levar esse capital para países com juros mais altos (Como Estados Unidos, países emergentes, entre outros).
Agora o cenário se inclina para o outro sentido, onde temos juros subindo no Japão, e em outros países caindo. O que no geral, torna desvantajoso manter empréstimos em Iene, e consequentemente sendo necessário a desmontagem das posições de Carry Trade.
Pânico de Curto Prazo
Com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, fica dificil ao pequeno investidor filtrar tantas informações. Neste atual momento, por exemplo, boa parte dos ativos de risco que sofreram com as quedas já estão recuperando grande parte das desvalorizações em um curto período de tempo. Isso mostra como o pânico dos mercados, muitas vezes, são sem fundamentos que justifiquem tamanha proporção.
Um exemplo disso, pode ser feito por meio de uma pesquisa breve no Google Trends sobre o termo "Recessão". Conforme a imagem abaixo, fica visível que o interesse pelo termo recessão foi um pico gerado pelas especulações dentro do mercado de forma temporária (e não necessariamente, um assunto recorrente):

(Fonte: Google Trends. 100 pontos na escala representa um pico na popularidade).
Com essa base, fica claro para os investidores a importância de fundamentar suas decisões de forma lógica. Um breve estudo dessa popularidade da recessão nas pesquisas, poderia nos mostrar que os movimentos do mercado no inicio da semana estavam extremamente sobrealimentados. E em algum momento, surgindo a oportunidade de se posicionar em bons ativos.
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Analista Luiz Gustavo Nunes – CNPI-T: 3656
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